quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Diferença de tipo textual e gênero textual.


Tipo Textual    X    Gênero Textual

Levo em minhas mãos um exem­plar de O senhor dos anéis.
Pergunto para a turma qual o gênero textual a que pertence o livro. Um aluno responde com toda segu­rança: “Narra­tivo!” Respos­tas como essa deno­tam que há uma certa confu­são por parte deste aluno com respeito aos concei­tos de tipo textual gênero textual. Tenta­rei expli­car breve­mente a dife­rença. Utili­zei como base para este post um exce­lente artigo de Luiz Antô­nio Marcus­chi, publi­cado em Gêne­ros textu­ais e ensino (Lucerna, 2005), orga­ni­zado por Ângela Dioní­sio, Anna Raquel Machado e Maria Auxi­li­a­dora Bezerra.
Primeiro, vamos enten­der um pouco o que é uma língua. Para Marcus­chi (2005) a língua é uma “ativi­dade social, histó­rica e cognitiva . Uma língua só existe a partir das inte­ra­ções entre seus falan­tes e essas inte­ra­ções se dão atra­vés de deter­mi­na­dos “mode­los” adap­ta­dos às mais diver­sas situ­a­ções comu­ni­ca­ti­vas. Dize­mos que esses mode­los ou “ações sócio-discursivas” são os gêne­ros textu­ais ou gêne­ros discur­si­vos; são textos nas formas que encon­tra­re­mos em nosso coti­di­ano, defi­ni­dos por sua compo­si­ção usual, suas funções comu­ni­ca­ti­vas, estilo etc. Quando você fala de um gênero discur­sivo estará falando de uma carta, de uma entre­vista, de uma aula expo­si­tiva, de um chat etc.
Por outro lado, ao falar­mos de tipos textu­ais, esta­re­mos diante de sequên­cias de textos com deter­mi­na­das carac­te­rís­ti­cas linguís­ti­cas, deter­mi­na­das por aspec­tos lexi­cais, sintá­ti­cos, rela­ções lógi­cas etc. Se há um número incon­tá­vel de gêne­ros textu­ais, os tipos textu­ais são apenas cinco, a saber, narra­ti­vos, argu­men­ta­ti­vos, expo­si­ti­vos, descri­ti­vos e injun­ti­vos. Os tipos textu­ais são carac­te­ri­za­dos pela presença de certos traços linguís­ti­cos predo­mi­nan­tes. Exemplo: Uma sequên­cia narra­tiva normal­mente é reco­nhe­cida por seu cará­ter tempo­ral, enquanto uma sequên­cia injun­tiva pela presença de elemen­tos impe­ra­ti­vos. 

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